As migalhas de Mirta Rosenberg. Traços lésbicos na sua poética dos anos oitenta

DOI:

https://doi.org/10.19137/anclajes-2022-26110

Palavras-chave:

Poesia argentina, Mirta Rosenberg, Estudos Literários LGBT e Queer, Afetividade lésbica

Resumo

Os anos oitenta foram um ponto de viragem para a poesia argentina. Marcado pelo reaparecimento público de palavras, ideias, vozes que tinham sido silenciadas durante a ditadura militar, houve também –como Alicia Genovese salientou em La doble voz (1998)– a publicação de numerosas coleções de poemas escritos e assinados por mulheres autoras. No presente artigo defendo que, em tal contexto, houve também outro fenômeno notável, que, no entanto, passou despercebido durante décadas pelos críticos de poesia: nos anos oitenta, traços de sensibilidades, corpos, afetividades e desejos lésbicos começaram a aparecer com mais frequência e mais explicitamente, traços de sensibilidades, corpos, afetividades e desejos lésbicos que começaram a modular uma voz plural, heterogênea e múltipla. Proponho a leitura da obra poética de Mirta Rosenberg publicada nos 80 –as coleções de poesia Pasajes (1984) e Madam (1988)– com o objetivo de apontar algumas inflexões lésbicas que, escritas subtilmente nas entrelinhas, percorrem os versos e estruturam uma das vozes mais influentes e irreverentes da poesia argentina nos últimos anos.

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Biografia do Autor

Ayelén Marina Pampín, Instituto de Literatura Hispanoamericana, Universidad de Buenos Aires

Licenciada en Letras y doctoranda en Literatura por la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina. Especialista en Comunicación, Géneros y Sexualidades por la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires (2018). En 2019 recibió una beca de la UBA para llevar a cabo el Doctorado en Literatura, con un proyecto denominado “Cuerpos, deseos y subjetividades lesbianas en la poesía argentina (1970-2010)”, radicado en el Instituto de Literatura Hispanoamericana (FFyL – UBA). Publicó varios artículos en los que trabaja desde una perspectiva feminista queer la articulación de experiencias de las sexualidades disidentes en el lenguaje poético. Escribió dos libros de poesía: Las manadas (2018) y El silencio una piel (2020).

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Publicado

2022-01-01

Como Citar

Pampín, A. M. (2022). As migalhas de Mirta Rosenberg. Traços lésbicos na sua poética dos anos oitenta. Anclajes, 26(1), 141–154. https://doi.org/10.19137/anclajes-2022-26110

Edição

v. 26 n. 1 (2022): enero-abril

Seção

Artigos

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