De que são feitos os discursos retóricos?
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2020-2439Palavras-chave:
Retórica, Arte contemporânea, Intertextualidade, Prática socialResumo
O presente artigo propõe uma revisão do conceito de “retórica” postulado pelo Grupo µ a partir da noção de prática de Louis Althusser e da teoria semiótica de Charles S. Peirce. Nesse contexto, a retórica –ou a apreensão retórica de um discurso– é entendida não apenas como uma sobreposição dialética de graus, mas também como um processo de transformação que envolve matéria-prima, um produto e um critério de transformação. O foco do artigo está em compreender como ocorre a transformação de certos discursos quando ingressam no processo retórico. A partir da análise de discursos poéticos contemporâneos –visuais, esculturais, expositores, entre outros–, buscamos demonstrar que a transformação realizada por um discurso retórico envolve três tipos de intervenções em suas matérias-primas: uma teórica –a definição ontológica–, uma econômica – relativa à sua disponibilidade em um mercado de bens –e uma política– seu posicionamento em relação às áreas de pertencimento e regulação dessas matérias-primas. O reconhecimento dessas intervenções e a identificação da instância dominante podem ajudar a caracterizar a estratégia material na análise retórica de um discurso.Downloads
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