As marcas do agronegócio no corpo-território de mulheres e professoras das cidades fumigadas
Resumo
O modelo do agronegócio produz a expansão das lavouras e a aplicação de um pacote tecnológico que tem gerado o uso de milhões de litros de agrotóxicos, o que deixa as populações rurais vulneráveis à exposição simultânea ou sequencial de produtos, que afetam gravemente a saúde e o meio ambiente. Essas externalidades se refletem no corpo-território das mulheres que habitam e/ou transitam pelos espaços rurais, e sofrem diariamente a desapropriação de terras, a exploração laboral e a deterioração da saúde. Neste trabalho proponho tornar visível a luta das mulheres professoras, que deram origem à Rede Federal de Professoras para a Vida em San Andrés de Giles (província de Buenos Aires) em 2017; um grupo ambientalista que denuncia esses problemas, promove ações para proteger o meio ambiente e os direitos dos estudantes e famílias rurais. A metodologia inclui a análise de fontes jornalísticas, trabalho de campo e desenvolvimento de entrevistas semiestruturadas no território de San Andrés de Giles.