Espaços e espécies. Proposta de modelo espacial para compreender as extinções do Pleistoceno Final – Holoceno Inicial

Resumo

O estudo da distribuição das espécies é cada vez mais necessário para entender as extinções de megamamíferos que ocorreram durante o Pleistoceno Final e Holoceno Inicial. Procedimentos de análise espacial, como modelagem cartográfica e técnicas de avaliação multicritério, permitem encontrar correspondências espaciais entre variáveis geográficas, ambientais, faunísticas e humanas, a fim de investigar as causas dessas perdas. A partir de uma abordagem conceitual, este artigo analisa as características da abordagem interdisciplinar entre Geografia e Paleontologia, o papel dos modelos espaciais presentes no realismo científico, os processos de causalidade racionalista e as possibilidades de técnicas quantitativas na análise espacial sistêmica, considerando o caso da preguiça terrestre Scelidotherium leptocephalum (Mylodontidae, Xenarthra). Ao final, propõe-se uma de modelagem cartográfica como construção lógica de aplicação em que a dimensão espacial representa um lugar central na pesquisa.