União e concórdia? Tensões e aproximações entre fascistas e antifascistas na Mutual Italiana de Bahía Blanca (Argentina, 1929-1932)

  • Bruno Cimatti CONICET/Centro de Estudios Regionales "Prof. Félix Weinberg", Departamento de Humanidades, Universidad Nacional del Sur

DOI:

https://doi.org/10.19137/qs.v27i3.6945

Palavras-chave:

fascismo, antifascismo, mutual, comunidade italiana

Resumo

Este artigo analisa as tentativas de aproximação que, desde 1929, os líderes antifascistas da Sociedad Italiana de Socorros Mútuos e Instrucción Italia Unita e do Vice-Consulado Italiano em Bahía Blanca (Argentina) realizaram para resolver as divergências que os separavam desde 1927. Do mesmo modo, estudam-se as consequências ulteriores destas tentativas, que culminou, por volta de 1932, na impossibilidade de restabelecer relações em resultado da evolução política interna da única mutual italiana na cidade. O corpo fontanal, constituído por documentação italiana e argentina, e constituído por imprensa, documentação institucional e relatórios de circulação interna do Estado italiano, possibilita uma justaposição de informações que permite a construção de uma perspectiva local que dê conta da complexidade cotidiana da vida política da comunidade italiana.

A abordagem dos momentos de cooperação entre fascistas e antifascistas no âmbito de uma entidade mútua, bem como dos elementos que a impossibilitaram de prosperar, contribui para os estudos sobre a realidade política da comunidade italiana durante o século XX fascista, através da apresentação de nuances que conferem maior complexidade àquelas visões que tendem a ver a um e a outro grupo ideológico como antagonistas irreconciliáveis.

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Publicado

2023-06-05