Tempo de vida, tempos de ficção: "Os diários de Emilio Renzi" de Ricardo Piglia
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2022-2612Palavras-chave:
Ricardo Piglia, diária, ficcionalização, temporalidade, vidaResumo
Na composição de Los Diarias de Emilio Renzi de Ricardo Piglia há uma negociação múltipla entre a escrita autobiográfica dos trezentos e vinte e sete cadernos ao longo de sua vida, o trabalho de edição e ficcionalização deles nos três volumes, os paratextos e as histórias inseridas na narrativa. Essa negociação, que é ao mesmo tempo procedimento e efeito composicional, acarreta tensão entre tempos e temporalidades distintos em dois níveis. Por um lado, no nível enunciativo: os cadernos originais; a escrita do livro e a sua publicação entre 2015 e 2017, e os três volumes (Años de formación, Los años felices e Un día en la vida). Por outro lado, o nivel do que é representado: a tematização da passagem do tempo, a inclusão de anacronismos, a temporalidade das histórias ficcionais inseridas. Assim, configuram-se temporalidades diferenciais na vida, na escrita jornalística e na ficção que, ao longo da longa duração do projeto, incorporam núcleos transtemporais. A partir dessa proliferação temporal, proponho, entre o documentário e o ficcionalizado, o que chamo de efeito de vida, o qual suspende tanto a verdade da autobiografia como a outra concedida à literatura.
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