Bazar, mercadorias e decadência: Antonio José Ponte e Julián del Casal
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2021-2516Palavras-chave:
modernismo latino-americano, mercadorias, imagem, ruínasResumo
O fascínio do modernismo hispano-americano pelas mercadorias da moda francesa do século XIX é um elemento que foi amplamente abordado pela teoria literária. Aqueles textos cheios de material, texturas e diversos objetos culturais configuraram uma poética de bazar que se tornou parte de uma série de estratégias que a literatura latino-americana usou para definir e vincular-se à estética hegemônica do século XIX. Os poemas e a crônica do escritor cubano Julián del Casal (1863-1893) não são exceção. Essa proliferação de itens de mercadorias permite refletir sobre a configuração do olhar e das imagens como ficções vazias preenchidas pelo desejo cosmopolita. Essa particularidade, vinculada à função e configuração das imagens no modernismo cubano, oferece a possibilidade de ler anacronicamente a presença de mercadorias do Estado no outro fim de século cubano: o da realidade decadente de Antonio José Ponte na Cuba pós-soviética.Downloads
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