Cruéis deportações: masculinidades, infrapolítica
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2020-2434Palavras-chave:
masculinidades, migração, deportação, expulsão, endríagoResumo
Este artigo se baseia na análise da violência perpetrada pelo atual regime de deportações dos Estados Unidos contra os homens imigrantes, com o objetivo de entender as masculinidades precárias que adquiriram forma nesta população, consequentemente. Se apresenta a análise de duas narrativas digitais do projeto “Humanizando a deportação”, ambas narradas por homens que, após serem deportados, viveram vários anos em condições precárias nas ruas de Tijuana. Propõe-se a imigração como fuga, e a deportação como expulsão dentro do sistema violento do complexo industrial fronteiriço. A deportação representa um golpe violento e destrutivo que, ao invés de incitar manifestações contra os excessos do machismo, ativa uma masculinidade sentimentalizada, que parece prender os homens deportados à fronteira, ou às ruas que têm como limite o muro fronteiriço, onde maximizam a proximidade com seus parentes, mas vivem expostos à violência cotidiana. Trata-se de masculinidades danificadas, sem dúvidas, mas não paralizadas, posto que em alguns momentos estes homens parecem exercer uma infrapolítica que pode ser entendida como uma extensão do tipo de agência subjacente à sua “fuga”.Downloads
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